Cumbuca Bares e Butecos de Campinas

No dia 19 de setembro, como já é tradição, o cafezinho no Café Regina será por conta da casa. Para comemorar os 59 anos deste famoso point campineiro, o cliente vai tomar café de graça e ainda terá a chance de escolher: café de coador ou expresso.

Fundado em 1952, o tradicional balcão no Centro de Campinas é um dos mais charmosos pontos de encontro da cidade.

A cortesia anual foi criada para lembrar a data em que  Jorge Vaz adquiriu o Café Regina, em 20 de setembro de 1984. Segundo o sócio-proprietário e barista Henrique Vaz, o dia estabelecido para celebrar o aniversário é a segunda-feira, por isso nem sempre o café gratuito é oferecido na data exata, mas sempre em dia próximo no calendário.  A expectativa para este ano é que sejam servidos de 3.500 a 3.800 cafés neste dia 19 de setembro.

O Café Regina  já foi uma espécie de “sucursal” da Câmara de Campinas, quando ela funcionava no prédio da Prefeitura Municipal, que fica a cerca de duas quadras de distância. Ainda hoje, muitos vereadores (ou candidatos) frequentam o local. O espaço promove a convivência democrática e abriga políticos de diversos partidos, além de profissionais liberais com opiniões diferentes, empresários, jornalistas, aposentados, trabalhadores, homens e mulheres. Entre uma e outra divergência, o que todos concordam é que o café de coador da casa é a sua mais gostosa especialidade.

 

Por que manter o café de coador?

O café feito no coador de pano é uma tradição que vem desde a fundação em 1952. De acordo com Henrique Vaz, sócio-proprietário e filho de Jorge Vaz, a média de cafés de coador vendidos pelo Regina é de 1.000 xícaras por dia, enquanto o café expresso não passa de 80.

“É o famoso cafezinho da vovó. O pessoal gosta do tradicional. O que a gente mais escuta aqui é que o expresso tira o gosto do café porque é muito forte, e que o de coador é mais leve”, diz Vaz, que como barista já emenda seu comentário: “Quem entende de café sabe que o expresso não tira o sabor, mas é o que a maioria pensa.”

O que explica a preferência pelo coador e pelo Regina, segundo Vaz, é o controle do processo. “Há outros lugares que também servem café de coador, mas nós maximizamos a qualidade cuidando para escaldar todos os utensílios usados, para sair sempre quentinho, mantendo os 96 a 98 graus de temperatura, investindo na máquina certa e fazendo com que tudo isso mantenha o sabor do café.”

Apaixonado por café desde os 12 anos, quando já acompanhava o pai no trabalho, por opção e não por obrigação, Henrique Vaz diz que foi tomando gosto pela coisa a ponto de querer se especializar. “Diariamente tiro alguns cafés, pra ver como está a regulagem do moinho, e para deixar no ponto.”

Mas, em casa, quem prepara o cafezinho é a mãe, em coador de papel. “Eu deixo para tomar meus cafés no Regina. Quando eu fazia em casa era na prensa francesa, que deixa o café com sabor parecido com o de coador. Sinto a diferença do café feito no coador e no filtro”, diz Vaz.

Do grão à torra

O grão usado nos cafezinhos é o também tradicional Canecão. A qualidade do café servido, garante o barista proprietário, passa pela escolha do blend, o ponto de torra dos grãos, a temperatura constante da água nas máquinas e o atendimento.

Não foi por acaso que o Café Regina foi eleito o melhor de Campinas pelo júri de Veja Comer e Beber, edição 2011/2012, na categoria café. A premiação marca a reconquista do posto pelo Café Regina, após quatro anos.

Café da manhã

Em 2010, o Café Regina ampliou seu espaço, duplicando o balcão e disponibilizando 21 mesas. A modernização do local manteve o público fiel e ampliou sua clientela.A mais recente novidade é o Café da Manhã em quatro opções: Broa de fubá e café de coador (R$ 3,10), pingado e pão com manteiga (R$ 3,80), pão de queijo e toddy grande (R$ 5,60) e misto quente e suco de laranja (R$ 7,80). Mais barato que um expresso simples em alguns cafés de grife da cidade. Há também as opções de bolos caseiros, salgados, lanches especiais e cafés variados.

Adriana Menezes – jornalistaCAFÉ REGINA

Café Regina foi assim batizado porque este era o nome do antigo prédio onde ele funciona.

Rua Barão de Jaguara, 1302, Centro – Campinas
Tel. (19) 3231-4079
Aberto de segunda a sábado, das 6h às 22h15 e domingos e feriados das 8h às 22h.

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